sexta-feira, 19/abril/2024
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WebMaratonas Criativas

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Os negócios com origem na criatividade podem movimentar no Brasil 157 bilhões de Reais nos próximos quatro anos, segundo relatório recentemente publicado pela Price (PwC). Como se trata de uma previsão, fez-se a ressalva de que são necessários sérios investimentos em formação para isso se concretizar. A pesquisa levou em conta diversos segmentos da indústria cultural, como mídia, televisão, cinema e música, além de jogos eletrônicos, moda, arte, publicidade e novas tecnologias.

O setor cresceu 6% em 2015 em meio a tempestade que ocasionou uma queda de 3,8% do PIB. O pesquisador inglês John Howkins, criador do termo ‘economia criativa’ em seu livro ‘clássico’ homônimo, disse em entrevista publicada em um suplemento especial sobre Economia Criativa do jornal O Estado de São Paulo que “as instituições brasileiras de ensino têm sido muito lentas para criar novos cursos em negócios e administração que contribuam para o processo de geração de valor no país”. Howkins afirma que por sua enorme população, a quinta do mundo, e capacidade de criação nas artes, moda, design e negócios, o Brasil tem grande potencial tanto na oferta de produtos como na demanda.

Existe uma forte correlação entre o número de pessoas que frequentam o ensino superior e o sucesso da economia criativa. No contexto do aprendizado e crescimento individual continuo, além da necessidade de apreender conceitos, habilidades e técnicas, este setor econômico floresce quando há incentivo ao livre pensar e ao debate. É preciso ainda que existam espaços para as pessoas se conhecerem, trabalharem juntas, e explorarem suas ideias.

É justamente desses encontros que sairão as ideias e oportunidades que poderão mudar nossa realidade. A atual geração de empreendedores parte de pressupostos e constrói seus modelos de negócios a partir de novos conceitos. Um dos mais ‘disruptivos’, para usar um termo muito em voga, é que o consumidor vai perder (ou já perdeu) o sentimento de posse. A nova tendência global é o compartilhamento. São empresas como Uber, Spotify e Airbnb que estão a frente dessa revolução, oferecendo o compartilhamento de bens e serviços. Não é mais necessário “ter” a posse de um bem.

Hoje é cada vez mais comum pessoas que preferem utilizar serviços de carona do que ter um carro ou ouvir suas músicas preferidas por streaming do que comprar um disco na loja. De acordo com a consultoria McKinsey, até 2030, um em cada dez carros vendidos no mundo será para uso compartilhado. A palavra chave é compartilhar. Compartilhar o local de trabalho, arquivos, fotos, mesa do restaurante, espaços para cursos e palestras, até roupas e outros objetos e serviços vistos como estritamente pessoais. É uma grande transformação na forma de consumir.

Aqui em Mato Grosso, o Programa de Desenvolvimento da Economia Criativa segue avançando, operando transversalmente com diversas secretarias de Estado, envolvendo a sociedade, os empreendedores, o Sebrae, instituições e empresas parceiras de diversos segmentos, focando na formação de novas lideranças e no fortalecimento da criatividade como força motriz da transformação.

As Maratonas Criativas, uma das iniciativas do Programa, chegam à terceira edição neste mês de outubro, de 17 a 21, abrindo espaço para os encontros, fomentando o intercâmbio de ideias, trazendo mentes brilhantes para o debate, e oferecendo palestras e cursos sobre temas relevantes para a construção de uma nova matriz econômica para o país. As inscrições já estão abertas e devem ser feitas exclusivamente pela ferramenta Mapas (www.mapas.mt.gov.br). A palestra de abertura, Como ter ideias para negócios criativos, será no dia 17, às 19h30, com Jean André Sigel no Centro de Eventos do Pantanal.

Leandro Carvalho é secretário de Estado de Cultura.

 

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