sábado, 20/abril/2024
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Vai que é sua Abicalil

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Os últimos movimentos de bastidores da sucessão estadual parecem indicar um consenso entre os principais partidos de Mato Grosso: o deputado federal Carlos Abicalil seria o melhor candidato a senador, por qualquer chapa.

Essa é a conclusão inevitável ao se analisar manifestações do PPS, PMDB e PDT, por exemplo, sobre possíveis alianças com o PT. A propósito, pelos sinais até aqui emitidos, apenas o próprio PT ainda não viu em Abicalil essa viabilidade toda. Provavelmente por miopia.

O fenômeno Abicalil é fácil de explicar e de entender. O deputado petista é, para começo de conversa, um “quadro”, no bom sentido que esse termo foi empregado historicamente pela esquerda, extremamente preparado intelectual, ideológica e politicamente.

Com essas características, ascendeu à cúpula do Congresso já no primeiro ano de mandato na Câmara Federal, o que é raro, uma vez que um novato normalmente sobrevive apenas no Baixo Clero. Destacou-se na crise do “mensalão”, quando se constituiu num dos principais (senão o principal) articuladores do Governo no Congresso, e seu principal defensor. Caiu nas graças do presidente, que o chamaria na intimidade de “Abi”.

Neste contexto, Abicalil tornou-se indispensável ao Governo Lula no próximo Congresso. Pode ser como deputado federal, mas como senador teria ainda um efeito colateral fundamental: como este ano há apenas uma vaga em disputa, a eleição de Abicalil ao Senado significa, forçosamente, a saída de campo de outro mato-grossense muito lembrado no Planalto, pelos motivos opostos, que é Antero Paes de Barros, que junto com Arthur Virgílio foram as duas principais pedras no sapato da companheirada.

Para Blairo Maggi, que já desejou Abicalil como seu secretário de Educação, elegê-lo senador significa ter uma boa interlocução junto ao Planalto nos anos difíceis que se vislumbram para seu virtual segundo governo. Além de ser também uma pá de cal na oposição tucana local.

Para o PMDB, que tem o melhor faro do mundo para o Poder, Abicalil é e continuará sendo o melhor interlocutor de Lula em Mato Grosso. Ganhando ou perdendo a eleição para senador. E inclusive tendo uma forte possibilidade de vir a ser ministro no iminente segundo mandato de Lula.

Pelo exposto, vê-se que há uma convergência de fatores jogando a favor da candidatura de Abicalil a senador. O principal deles está no fato de hoje, a pouco mais de três meses das eleições, nenhum dos demais pré-candidatos ter ultrapassado a casa dos 25% das intenções de voto, na modalidade estimulada, em nenhuma pesquisa estadual divulgada. Sinal de que muito provavelmente o eleitor ainda espera pelo surgimento de alternativas novas, que possam empolgá-lo um pouco mais. Essa alternativa pode perfeitamente ser Abicalil. Poderia ser Eraí Maggi também. Ou um outro nome ainda.

O fato é que um nome apontado por tanta gente, e por tantos motivos distintos, como candidato ideal, não pode passar desapercebido pelos partidos, pelos agentes políticos e pelo eleitor atento.

Kleber Lima é jornalista, consultor Político filiado à ABCOP (Associação Brasileira de Consultores Políticos), e Consultor de Comunicação da KGM
[email protected] e www.kgmcomunicacao.com.br.

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