sexta-feira, 26/abril/2024
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Filhos folgados, pais preocupados

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Durante toda a nossa vida procuramos ser justos com os nossos filhos, não sendo caridosos demais e nem mesquinhos ao ponto de sermos indiferentes com os seus sofrimentos e necessidades.
             
Temos que ajudar sem prejudicar as suas iniciativas de lutar pelo seu futuro. Mas, a principal ajuda além da atenção, é procurar financiar e acompanhar durante a formação educacional, procurando sempre passar os valores morais e todos os dias mostrar a realidade do mundo.
              
Ficamos sempre naquela indecisão de quando ajudar, como ajudar ou mesmo se ajudar. O pior ensinamento que passamos aos nossos filhos é deixá-los ficar refém das nossas dependências. Quando tudo é muito fácil em nossa vida nos tornamos pessoas fracas, inseguras, se na primeira dificuldade imediatamente o filho recebe o auxílio, você está retirando dele o poder e as condições para sua superação, ou mesmo, tirando poder de lutar para conquistar algo durante a sua vida.
          
Quando o seu filho lhe pede um produto de consumo ou um bem de luxo, apesar de você dispor do dinheiro, você deve dar?
          
Como não é uma situação de emergência, não. O mais recomendável é não dar ajuda para conquista de bens supérfluos.
           
Mesmo que o filho queira financiar um bem de consumo usando nome do pai, este deve negar e ensiná-lo construir seu patrimônio e sua moradia, ninguém deve constituir família antes de ter sua casa própria. O passarinho ensina-nos que antes de gerar os filhotes, ele constrói seu ninho. O filho que não é bem orientado sobre a responsabilidade de constituir uma família, adquirindo seu ninho, tendo uma profissão para sustento dos filhos, ao invés de aliviar o velho já cansado, será o multiplicador de problemas. Isso ocorre em função da pouca orientação durante a infância e por sucessivas ajudas financeiras desnecessárias durante o crescimento intelectual, espiritual e educacional dos filhos, o que resume na falta de cobranças sistemáticas e duras.
         
A experiência mostra que as pessoas só valorizam suas conquistas, quando sentem a sensação de duvidar se irão ou não conseguir aquilo que tanto almejam.
         
Hoje, há muita apelação ao consumo, com isso existe instantaneidade através do modismo, a velocidade da evolução tecnológica e mesmo a produção em série de bens de consumo de pouca durabilidade. A sociedade está escravizada pelo consumismo.
              
Mesmo que as condições dos pais sejam das melhores, o recomendável é sempre nos esforçarmos para não dar tudo de imediato aos filhos. O sabor da dificuldade o fará valorizar as conquistas. Já por outro lado a facilidade desvaloriza o prazer da conquista, mesmo que o objeto tenha valor monetário fora dos padrões normais, esse valor desaparece imediatamente.
             
A gratuidade, sem o esforço tem o valor sentimental reduzido a zero, o bem material em pouco tempo ficará jogado em um canto da vida, isso está diretamente ligado as condições materiais e sentimentais, porque o valor da satisfação do bem que adquirimos é quantificado pelo esforço que desprendemos para recebê-lo

Wilson Carlos Fuáh – Economista, Especialista em Administração Financeira  e  Recursos Humanos em Mato Grosso
[email protected] 

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