A proximidade da definição dos nomes que serão levados à apreciação dos eleitores em outubro começa a gerar animosidade entre os “elegíveis”.
Todos ainda pré-candidatos acham-se em condições de representar a sociedade em qualquer dos escalões da vida pública. Tentando alicerçar a candidatura em possível clamor público certos políticos acabam metendo os pés pelas mãos e tornam evidente que tal disputa é pessoal, assim como os interesses que a cercam antes, durante e depois, relegando ao eleitor tão somente a amargura de ter votado de forma equivocada.
Alguns dizem em alto e bom som que estão dispostos a abrir mão do sonho de ser candidato – e se eleger – em prol do bem-estar social de sua cidade e/ou região. Dizem-se prontos a sentar com outros em situação de igualdade para viabilizar a melhor candidatura, aquela com reais chances de chegar lá. Tudo isso seria muito bom se realmente houvesse um compromisso com a cidade que representam, especialmente quando falamos de candidatos a deputado estadual. É uma pena que tal fala não passa de mais uma estratégia de marketing pessoal.
Sinop vive seu dilema.
Já temos cinco pré-candidatos a uma das 24 vagas da assembléia legislativa e esse número pode crescer por conta das diretrizes a serem definidas nas convenções nacionais. É notório que nosso eleitorado não permite eleger tantos deputados.
O certo é que não podemos permitir que interesses pessoais interfiram em nossa representatividade; e para tanto temos que levar em conta mais do que discursos inflamados acompanhados de tapas no peito e na tribuna; mais que ações sociais camufladas sob o alçapão eleitoral, e, sobretudo, mais do que promessas; afinal promessa é apenas o indicativo da possibilidade de algo vir a acontecer.
Esteja atento. Votar é um dever; exerce-lo livre de pressões externas é um direito.
Clayton Cruz é radialista e editor do blog www.imprensando.com.br em Sinop.