sexta-feira, 29/março/2024
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Consumidos pelas rotinas

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A insatisfação humana é permanente, por isso,  sempre precisamos redescobrir a cada dia, e colocar da sequencia da vida uma nova programação de objetivos, desenvolvendo novos planejamentos e a necessidade de estar dispostos cumprir novas metas é que nos faz ser consumidos pelas rotinas.

A necessidade de ser um vencedor nos coloca na disputa por espaços no mundo competitivo, e para sentirmos preparados para o mercado de trabalho, saímos em busca das especializações constantes, algumas vezes alcançadas, e outras vezes são transformados em títulos para ficarem guardados em gavetas mentais das nossas histórias, e com isso, a rotina toma conta das nossas vidas, porque fazemos parte do mundo moderno, onde tudo já está ultrapassado e as novidades já estão envelhecidas com a chegada da noite.

Quando passamos a repetir as frases:
   – hoje eu não posso;
   – ou não tenho tempo para nada.

É, a senha de que já estamos totalmente dominados pela rotina, e nesse estágio de vida, a nossa mente já não obedece aos nossos próprios comandos, porque levamos as novas vidas  conectadas aos afazeres permanentemente, e por isso, às 24 horas é muito pouco para um dia de serviços. Mas, quando sentir que já está nesse estágio, é porque já perdemos a chave que poderia desligar-nos dos problemas que nós mesmos criamos.

Ninguém está livre das surpresas agradáveis ou desagradáveis, porque elas fazem parte do espetáculo da vida, e os pequenos problemas podem causar impacto emocional muito grande, quando o stress está andando de “mãos dadas” com você, ou já “assenhorou” da sua vida, tenha certeza que as suas reações sem perceber, já passaram a ser violentas, pois já perdeu controle do equilíbrio psicológico, basta uma pequena ofensa, para causar explosões e estragar o seu dia ou até a semana inteira.

Vivemos justificando as pequenas derrotas e a rotina segue como dona das nossas vidas, e às vezes até tentamos enganar a nossa própria mente com mentiras de satisfação pessoal, mas o coração é esperto e independente, ao perceber muito barulho com vitórias insignificantes e pequenos lazeres, mas logo termina por despertar todo o resto do corpo para a realidade de querer algo mais, além das rotinas que nos escravizam e nos consumem, pois quando “parar para pensar”, o corpo já estará envelhecido, e o futuro nos mostra que as forças pelas mudanças ficaram desesperançadas, só nos restando: os dias cheios de momentos vazios.

Neste mundo onde somos escravos dos afazeres, sem tempo para o lazer, e com stress constante, é importante dar um tempo e recarregar as baterias, porque tudo passa, por isso, é importante estar preparado para navegar pelo mundo das boas emoções, sem perder o sentido da vida e o prazer de viver, e destinar pelo menos uma hora das vinte e quatro horas que recebemos para sermos escravos das rotinas e destinar aos doces prazeres da vida, pois quando “assustar” o seu tempo de vida já acabou, e vem à realidade: você acumulou muito recursos, mas o seu check-up releva que você tem poucos dias de vida.
          
Wilson Carlos Fuáh – economista, especialista em recursos humanos e relações sociais e políticas
[email protected]
         

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