O ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Sílvio César Corrêa Araújo, réu na operação Sodoma, negou que tenha proferido ameaças a outros secretários de Estado da gestão de governo passada, na ocasião em que dividiu cela com eles.
Sílvio César foi acusado por Pedro Nadaf e Pedro Elias, respectivamente, ex-chefe da Casa Civil e ex-secretário de Administração do Estado, de ter feito ameaças de morte dentro do Centro de Custódia da Capital (CCC).
Segundo Pedro Nadaf, enquanto assistiam a um noticiário na televisão que mostrava que alguns secretários estavam fazendo acordo de delação premiada, Sílvio César teria dito a seguinte frase "Delator tem que morrer".
Conforme seu depoimento prestado na tarde desta segunda-feira (7), na 7 Vara Criminal de Cuiabá, a frase foi um "comentário idiota", dito no calor do momento. “Foi no momento, no calor da notícia, tanto é que não tem outro comentário”, se defendeu. Sílvio afirmou que está “muito arrependido” de sua fala, principalmente por ter sido motivo para a decretação de sua prisão por parte da juíza Selma Arruda. "Foi um comentário idiota”, disse.
Sílvio admitiu que estava com raiva dos delatores, mas que não teve interesse na morte deles. “Na cadeia se fala que quem delata tem que morrer, mas é genérico, se fala na cadeia, mas não foi uma ameaça”, disse à promotora de justiça Ana Cristina Bardusco. “Isso é normal, não é que é regra”.