quinta-feira, 25/abril/2024
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Ex-assessor Palocci preso na Lava Jato tem fazenda com gado de elite em Mato Grosso

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O ex-chefe de gabinete do Ministério da Fazenda, Juscelino Antônio Dourado, é proprietário de uma fazenda, localizada na zona rural de Rondonópolis, que é referência na criação de gado nelore no país. Ele foi preso, ontem, durante a 35ª fase da operação Lava Jato. Dourado foi chefe de gabinete do então ministro Antônio Palocci, que também foi preso.

Segundo reportagem do MidiaNews, a fazenda, que pertencia à família Castro – uma das pioneiras no melhoramento genético de gado no Brasil, foi adquirida por Dourado, em 2012. A propriedade, que se chamava Dora Pauliceia, foi rebatizada como Dourado Pauliceia. Informações nunca confirmadas pelas partes apontam que o negócio saiu por R$ 26 milhões em valores da época. Dourado é natural de Rondonópolis. Nos últimos anos, ele se tornou importante negociador em leilões de gado de elite, sempre colocando à venda animais de seu plantel.

Segundo informações que constam na decisão do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba (PR), Dourado teria recebido dinheiro da empreiteira Odebrecht supostamente por ordem de Palocci. Interceptações realizadas com autorização judicial reforçam a suspeita dos investigadores da Lava Jato. Em uma mensagem eletrônica enviada a um subordinado, o empresário Marcelo Odebrecht – que está preso há mais de um ano – diz que precisou “dar mais R$ 250 para o italiano”. O termo italiano, segundo a Lava Jato, é usado para designar Palocci. Mas o repasse teria sido feito por intermédio de Dourado.

“Retornando a planilha de pagamentos subreptícios do Grupo Odebrecht ao grupo político de Antônio Palocci Filho, constam, como visto acima, três lançamentos nos quais faz-se referência de que eles teriam sido feitos ‘via JD’. Inicialmente, acreditava-se que ‘JD’ seria provável referência ao ex-ministro José Dirceu de Oliveira e Silva”, diz um trecho da decisão de Sérgio Moro.

A Receita Federal, que tem auditores na força-tarefa da Lava Jato, investiga a compra de uma fazenda em Mato Grosso por parte de investigados na 35ª fase da operação. O objetivo é saber se houve lavagem de dinheiro. No dia da operação, houve o cumprimento de mandados de busca e apreensão em Rondonópolis. A Receita, no entanto, não esclarece se a fazenda citada pelo auditor é mesmo a Dourado Pauliceia ou alguma outra propriedade adquirida em Mato Grosso. 

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