quinta-feira, 28/março/2024
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Ameaças do ‘jogo’ suicida são para familiares, diz ex-participante

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Curadores do jogo suicida “Baleia Azul” ameaçam familiares dos participantes para força-los a continuar no jogo e cumprir todos os desafios 50 impostos até o final. O último é o suicídio. Dados dos familiares desses jogadores, como nome completo, endereço, entre outros, precisam ser repassados aos curadores antes que o participante comece a jogar.

As ameaças e regras impostas para participar do jogo foram confirmadas por Joel (nome fictício), de 19 anos, em entrevista exclusiva ao jornal A Gazeta, na tarde desta quinta-feira (20). Ele, que sofre de depressão, estava no jogo há poucas semanas, mas já havia cumprido um dos desafios de se jogar de um prédio com uma corda amarrada aos pés. “Quando entrei no jogo não pensava em me suicidar, apenas em me machucar para aliviar a dor que sinto”, relata ao contar que entrou no jogo após receber um link por meio das redes sociais.

Conforme Joel, em seu perfil sempre postava coisas relacionadas à depressão, triste, mutilação e sofrimento o que teria chamado a atenção dos administradores do jogo. “Eu não procurei entrar, eles que me encontraram”. Segundo ele, no grupo em que começou a participar havia mais de três mil membros. Conta que não tinha ideia da dimensão que os desafios tomariam e que entrou apenas à procura de causar dor a si próprio, por meio dos desafios repassados. “Não tinha planos de me suicidar, apenas me mutilar”. Joel lembra que em um dos desafios teve que pular de um prédio da cidade com uma corda amarrada aos pés. “Fui desafiado e tive que cumprir”.

Quando a família de Joel desconfiou de seus comportamentos, que incluíam ouvir músicas melancólicas, assistir filmes de terror durante a madrugada e fazer cortes em partes do seu corpo, tudo a mando do curador, ele tentou sair do jogo, mas começaram as ameaças. “Eles ameaçaram minha família, que iam matar, que viriam atrás de mim e acabariam com a gente”.

Conforme ele, essa semana a família descobriu que se tratava do jogo e o forçou a sair e a procurar ajuda. Para garantir que o rapaz não teria mais acesso ao grupo do jogo, a mãe quebrou o chip. “Agora meus pais e meus amigos me levaram ao psicólogo, minha primeira consulta foi hoje”. 

A Polícia já tem conhecimento deste caso.

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