sábado, 20/abril/2024
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Tenente acusada de causar morte de aluno dos Bombeiros em Mato Grosso será ouvida em audiência

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Pouco mais de um ano após a morte do aluno do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Patrício Lima Claro, 21 anos, que passou mal durante um treinamento de salvamento aquático da corporação, testemunhas de acusação, de defesa e os cinco bombeiros militares, entre eles a tenente Izadora Ledur Souza Dechamps, acusados de envolvimento em tortura com resultado morte, serão ouvidos pela Justiça. A primeira audiência sobre o caso está marcada para sexta-feira (26), às 14h, na 7ª Vara Criminal.

Rodrigo morreu no dia 15 de novembro de 2016, cinco dias após passar mal durante o treinamento feito na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, e ser internado. Além de Ledur, responsável direta pelo treinamento e acusada de praticar os atos de tortura contra Claro, respondem ao processo o tenente-coronel Marcelo Augusto Reveles, o tenente Thales Emmanuel Pereira, os sargentos Enenas Xavier e Diones Siqueira e o cabo Francisco Barros.

Após a morte de Claro, a tenente Ledur foi afastada dos cursos de treinamentos da corporação e chegou a usar tornozeleira eletrônica por decisão judicial. Ela também deve ter sua conduta avaliada em um Conselho de Sentença formado por bombeiros que deverão apontar se ela é apta para continuar na corporação ou deve ser expulsa. O conselho foi formado no ano passado e tinha prazo de 60 dias para conclusão, mas o prazo foi suspenso três vezes após a militar apresentar atestados médicos de afastamento.

Desde a morte de Rodrigo, Ledur já apresentou sete atestados médicos de afastamento por causa de depressão. Para a família de Rodrigo, apesar da demora a audiência é um grande passo para que os “culpados” respondam pela morte do jovem. “É um choque saber que a primeira audiência vai acontecer mais de um ano depois da morte do meu filho. Mais de 12 meses de sofrimento, enquanto a responsável por tudo isso está tranquilamente na casa dela, recebendo um salário gordo. Esperamos que a justiça seja feita”, desabafou Jane Claro, mãe de Rodrigo.

Em dezembro do ano passado, as defesas de Ledur e dos outros acusados pediram a absolvição sumária e o trancamento da ação, o que foi negado. A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda dos Santos, não aceitou também converter o crime de tortura em maus-tratos, também solicitado pela defesa.

A juíza entendeu que há indícios suficientes do crime. “(…) a acusada Izadora Ledur de Souza impingiu castigo a vítima de forma a submete-la a intenso sofrimento físico durante as atividades aquáticas do curso de Formação do Corpo de Bombeiros do Estado de Mato Grosso, sendo que os demais acusados, na posição de garantidores, nada fizeram para evitar a conduta da referida acusada”.

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