Dezenas de servidores municipais estão protestando, esta manhã, em frente à sede da prefeitura, na avenida das Embaúbas, no centro. Eles cobram reajuste de 7% nos salários, aumento no vale alimentação, pagamento de insalubridade para os cargos de zeladora e merendeira, cancelamento do contrato com a empresa que administra a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), convocação dos aprovados de 2014 e realização de novo concurso público.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sinop (SSPMS), Adriano Marlon Perotti, os trabalhadores podem iniciar o ano em greve. “Vamos ficar a manhã toda ali (em frente ao Paço Municipal). À tarde, vamos acompanhar a sessão ordinária da câmara de vereadores. Não havendo posicionamento da prefeita, em relação ao que a gente solicita, vamos propor, em assembleia, para que seja deflagrada greve, a partir do dia 2 de janeiro”, afirmou, ao Só Notícias.
Os servidores, segundo Adriano, querem que a prefeita equipare o valor de vale-alimentação pago aos servidores da câmara de vereadores. Atualmente, os trabalhadores da prefeitura recebem R$ 150, enquanto que os do Legislativo ganham R$ 400. “A gente fez proposta para equiparar, mas estamos abertos ao diálogo. Infelizmente, o município não fez contraproposta”, explicou, apontando ainda que não há intenção do Poder Executivo em autorizar o reajuste de 7%. “A prefeita mantém a intenção de pagar apenas a reposição salarial, que hoje daria 2%”.
Outra reivindicação é a convocação dos aprovados do concurso de 2014 e realização de novo certame. “A gente já pediu, via ofício, para cancelar o contrato de terceirização e chamar os concursados. Infelizmente, a prefeitura quer trocar a Adesco (Agência de Desenvolvimento do Centro-Oeste, que desde 2014 administra a UPA) por outra empresa. O salário que é pago aos terceirizados conta como gasto de folha e entra no limite prudencial. Portanto, tem que chamar os concursados”.
Outro lado
A prefeitura informou que irá conceder Reposição Geral Anual (RGA) a todos os servidores, com base no índice inflacionário que só deve ser publicado pelo governo federal, após o dia 10 de dezembro. A prefeitura estima ainda que, caso seja concedido o reajuste no vale alimentação, o impacto será de R$ 16 milhões por ano. Atualmente, o benefício custa R$ 6 milhões anuais para os cofres do município.
