sexta-feira, 26/abril/2024
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Gravações mostram esquemas de propina entre Ibama, madeireiros e PT de Mato Grosso

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A Polícia federal tem mais de mil diálogos gravados entre servidores acusados de fraudes no Ibama, madeireiros e despachantes envolvidos em esquema de corrupção.
A Revista Veja, que circula esta semana, teve acesso a alguns diálogos entre acusados, que foram presos, semana passada, pela Polícia federal, na operação Curupira.

Um deles é entre José Carlos Ferreira, fiscal do Ibama e Wander Destefani, dono de uma madeireira no Nortão que conversam sobre pagamento para ser emitido um laudo de vistoria

José Carlos Ferreira: E aí, tudo bom?
Wander Destefani: Graças a Deus, tudo tranqüilo. (…) Eu vou agilizar o cheque pra mandar pra você.
José Carlos: Wander, mas aí aumentou, né…
Wander: Ô, louco, Zé! Sei que tava faltando dois nas nossas contas lá, né?
José Carlos: Veja só: três contos foi só pra fazer aquela vistoria, foi o que todo mundo pagou aqui, entendeu? Aí tinha aquele problema da madeira, aqueles dois contos. Mas, como demorou, o pessoal ficou p…, disse que não queria mais. Queriam fazer até a p… do auto de infração. Aí eu falei que você era uma pessoa chegada nossa, que tava passando por um momento difícil, entendeu? Aí falaram cinco pilas.
Wander: Fora os três?
José Carlos: Fora os três, só da madeira. Porque três contos foi só pra fazer aquele negócio, entendeu, pra liberar o negócio.
Wander: Certo.
José Carlos: Da madeira é coisa à parte. (…) Eu sei que tá difícil pra todo mundo, Wander. Mas faz o seguinte: veja aí, pelo menos, três e meio.
Wander: Eu vou agilizar um cheque, então.

A Revista Veja também divulgou trechos de gravação feitas pela Polícia Federal entre dois madeireiros, ano passado, acusados de serem beneficiados nos esquemas do Ibama para ajudar na campanha do petista Alexandre Cesar, candidato a prefeito em Cuiabá. Eles falam em dar apoio para manter Hugo Werle no comando do Ibama em Mato Grosso

Elvis: Mandaram um convite pra mim aqui, pra uma janta do José Dirceu.
Nivaldo: Ah, o Zé Dirceu vai vir aí?
Elvis: Vai, amanhã.
Nivaldo: Ah, mas o Zé Dirceu é mala…
Elvis: Tem que pagar o convite, adivinha o preço do convite…
Nivaldo: 100 reais.
Elvis: 500 reais! (risos) Mas é brabo, é porque é eleição do cara, entendeu? E aqui, e se o cara não ganhar, é perigoso o Hugo sair.
Nivaldo: Não, não. Então tem que deixar ele aí.

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