sexta-feira, 19/abril/2024
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Reitora aponta transtornos com atrasos em repasses para Unemat e volta a defender autonomia financeira

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A reitora da Universidade Estadual de Mato Grosso, Ana Di Renzo, disse que uma dos desafios em 2018 será a autonomia financeira da instituição. "Dependemos dos repasses mensais para custeio e investimento, posto que a folha de pagamento fica assegurada de saída pelo Estado. Neste modelo de governo, os recursos para manutenção e investimento recaem sobre a conta única do Estado, uma vez que não conquistamos ainda a autonomia financeira e administrativa através da criação de uma conta própria já em discussão no interior da universidade", analisou.  "Em virtude da crise econômica, o Estado não tem honrado com os repasses a partir do mês de junho, o que gerou graves problemas como o atraso no pagamento das empresas que terceirizam limpeza e vigilância, bolsas estágios e bolsas auxilio alimentação e moradia, pagamento de diversos fornecedores que prestam serviços a nossa instituição, como também as empreiteiras licitadas para construção de várias obras em todos os campus, dentre outras", acrescentou a reitora.

Ela apontou ainda que "as dificuldades enfrentadas em decorrência do não repasse geraram diversos momentos de paralização das atividades, atitude legítima, uma vez que o que é direito deve ser preservado. Entretanto, estas atitudes não são o desejo da comunidade acadêmica que gostaria de exercer suas tarefas em harmonia com as mínimas condições de trabalho, o que não tem acontecido. Ressalta-se que estamos findando o ano de 2017 sem findar o ano letivo. Obviamente que isso traz diversos transtornos, desde a não execução de diversos projetos a interrupção das aulas. É de responsabilidade dos gestores o empenho no sentido de assegurar a garantia desses repasses, fazendo cobranças a Sefaz(secretaria estadual de Fazenda), a Casa Civil e ao próprio governador", expôs. "Temos passado a maior parte do tempo em Cuiabá, cobrando diariamente o que é de direito da instituição compreendida em 2,4% da RCL prescrito para o ano de 2017. Além disso, temos reunido com todos os diretores de Campus para socialização e tomadas de posição em conjunto. Temos notificado tanto a Sefaz, Casa Civil, secretaria de Planejamento, além de vários parlamentares da Assembleia Legislativa, uma vez que temos um valor considerável de despesas liquidadas e precisamos fechar o ano. Temos a expectativa de que com os recursos financeiros advindos da aprovação do FEX (Fundo das Exportações – Estado deve receber cerca de R$ 400 milhões) reponha o caixa do Estado e este repasse aos vinculados, regularizando a situação. Não tenham dúvida de que estamos atentos e providenciando ações caso não tenhamos nossas dívidas quitadas", declarou, através da assessoria da Unemat. Ela não mencionou quanto o governo deve repassar para a universidade.

Ana também avaliou que a Unemat chega ao final de 2017 "com várias conquistas. Hoje temos em andamento mais de 30 obras licitadas, algumas já em fase de conclusão e duas delas inauguradas. Em 2018, queremos entregar muitas dessas obras de infraestrutura necessárias para a Unemat. São obras construídas com recursos próprios, de emenda parlamentar e, sobretudo, com recursos federais conquistados por grupos de professores na FINEP, por exemplo. Um retorno grandioso, fruto da qualificação deles nossos professores e técnicos. É importante lembrar que essas obras estão espalhadas em todos os câmpus da Unemat. Nesse ano, a sociedade recebeu 2095 acadêmicos formados; mais 120 acadêmicos indígenas; mais 170 mestres formados pelos nossos programas; mais 50 doutores formados pelos nossos programas e nos programas em rede", concluiu.

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