sábado, 20/abril/2024
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Sai Índice de Custo de Vida de Sinop

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Sob a realidade de que Sinop vem crescendo a cada dia, passando por transformações econômicas e estruturais, tornando-se um município pólo do desenvolvimento da região do médio norte do Estado sempre atraindo investimentos privados tanto de empresas de setores agro-industriais, comércio e prestação de serviços, bem como constitui-se no principal alvo de correntes migratórias de outras regiões do país, o Departamento de Economia da Unemat Sinop propôs-se a construção, aplicação e divulgação de um Índice de Custo de Vida (ICVS). O objetivo é monitorar as oscilações de preços municipais dos itens componentes de uma cesta básica, em relação ao INPC (Índice Nacional de preços ao Consumidor).

“O INPC é baseado em números de 12 capitais e os resultados nem sempre condizem com os números reais dos municípios, porque ficamos distantes dos grandes centros comerciais. Por isso decidimos fazer esse trabalho com o objetivo de trazer para a população a realidade do nosso custo de vida, levando em conta que Sinop é uma cidade pólo”, disse ao Só Notícias, o coordenador do departamento de Economia, Paulo José Körbes.

Segundo ele, os resultados poderão ser utilizados, nos próximos anos, como indicadores locais de modo a refletir nos subsídios das categorias trabalhadoras. “Hoje os trabalhadores cobram os reajustes salariais com base nos índices nacionais e muitas vezes não são o real custo de vida da cidade, porque a inflação municipal pode ser maior ou menor que a nacional. Outro ponto positivo é que os empresários que decidem se fixar na cidade podem ter uma base sobre os custos de vida e fazer um planejamento mais seguro dos negócios”, reforçou.

Para fazer o levantamento foram distribuídos cerca de 800 questionários nas escolas de Sinop e analisados os casos de famílias com renda de até R$ 2.080. Nos questionários as famílias responderam os produtos que consomem, o que têm nas residências, enfim, todos os gastos do dia-a-dia. “Nós dividimos o consumo em nove grupos. Destes, foram selecionados subgrupos, logo, itens e então subitens. Em seguida fizemos o levantamento dos preços e o peso de cada grupo dentro do orçamento de cada família”, ressaltou Paulo.
Os nove grupos selecionados foram alimentação e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação.

Em 3 meses de pesquisas constatou-se que o peso de alimentação e bebidas é de 26,94% no orçamento, de habitação é de 16,85%, de artigos de residência é de 7,4%, de vestuário é de 6,56%, de transportes é de 17,34%, saúde e cuidados pessoais é de 10,16%, despesas pessoais é de 8,83%, educação é de 3,81% e de comunicação é de 2,07%.

No total, foram analisados os preços médios de 295 produtos, que compõem a cesta de mercadorias. No final da pesquisa o departamento de Economia registrou o ICVS de fevereiro de 0,34% em relação ao INPC de 0,44%, ou seja, aumentou 0,34% com base no ICVS de janeiro. No mês de março o ICVS foi maior que o INPC, 0,74% contra 0,73%, respectivamente. E, no mês passado, o ICVS foi de 0,41%, o INPC ainda não foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A inflação registrada entre o mês de fevereiro e abril foi de 1,48% em Sinop. No Brasil, entre o mês de fevereiro e março foi de 1,17%. “Levando em conta que estamos atravessando uma crise esse custo de vida não é alto, até porque a crise faz com que os preços baixem”, reforçou Paulo.

Só Notícias apurou que essa pesquisa será realizada constantemente para levantar um histórico para ser guardado nos arquivos do município. “Esses dados servirão até mesmo como base histórica para pesquisas futuras dos próprios acadêmicos de economia”, finalizou.

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