A Secretaria de Estado de Cultura, em parceria com a Agência Nacional de Cinema (Ancine) e o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), lança na segunda-feira (30), novo concurso para Seleção de Projetos Audiovisuais no valor de R$ 4,5 milhões. A solenidade será às 19h, no salão Cloves Vetoratto, com a presença do governador Pedro Taques, do secretário de Cultura Leandro Carvalho e do presidente da Ancine, Manoel Rangel.
Serão selecionados 19 projetos para a produção de obras audiovisuais, sendo dois projetos de longa-metragem ficção ou animação no valor de R$ 900 mil cada; três projetos de telefilme documental no valor de R$ 400 mil cada; seis projetos de curta ou média-metragem de ficção ou animação de R$ 120 mi cada; seis projetos de curta ou média-metragem documental de R$ 80 mil cada; dois pilotos de produtos para a TV com recursos de R$ 150 mil cada. O edital passou por consulta pública e recebeu ideias e sugestões do setor, originários de produtores de diferentes regiões do Estado.
“É um marco histórico para o cinema de Mato Grosso. Fomentar a produção faz parte da construção de uma política para o setor audiovisual que começamos a construir ano passado com o edital de desenvolvimento de projetos”, observa o secretário Leandro Carvalho.
Ele ressalta o estudo sobre o impacto econômico do setor audiovisual no Brasil, publicado recentemente pela Motion Picture Association na América Latina (MPA-AL) em parceria com o Sindicato Interestadual da Indústria do Audiovisual, mostrando que a indústria cinematográfica injeta mais de R$19 bilhões por ano na economia brasileira, com um faturamento bruto anual de R$ 42,8 bilhões.
“O cinema movimenta uma grande cadeia produtiva que envolve profissionais de diversos setores, gerando trabalho e renda e contribuindo para a projeção de Mato Grosso no Brasil e no mundo”.
Na ocasião, também serão premiados os contemplados na chamada pública de Desenvolvimento de Projetos de Obras Audiovisuais seriadas e não seriadas. Inédito em Mato Grosso, este edital foi lançado no final de 2015 e teve 44 trabalhos inscritos. Os projetos foram contemplados com recursos no valor de R$ 100 mil cada, totalizando R$ 500 mil em investimentos.
O júri deste primeiro edital de desenvolvimento foi formado Juliana Machado, Andrea Aloy e Osvaldo Neto, profissionais de notório reconhecimento, cadastrados na Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e na Ancine.
Os roteiros selecionados para desenvolvimento foram: S2 (1º lugar – obra não seriada de longa-metragem de ficção), do cineasta Bruno Bini; Império do Sorvete (2º lugar – obra não seriada de longa-metragem de ficção), de Perseu Azul Safi Leal; Cinco tipos de medo (3º lugar – obra não seriada de longa-metragem de ficção), de Bruno Bini; Invisíveis (4º lugar – obra seriada de documentário), de Diego Baraldi e Sala dos Milagres (5º lugar – obra não seriada de longa-metragem de ficção), de Samantha Col Debella.
S2 aborda o impacto que o surgimento das redes sociais causou no relacionamento entre as pessoas. A produção Império do Sorvete também tem uma abordagem comportamental. Os pais de uma típica família brasileira decidem investir todas as economias na realização de um sonho, se tornar empreendedores. Mas para isso precisam enfrentar os desafios da disfuncionalidade da própria família e os entraves da burocracia brasileira.
Três Tipos de Medo é inspirado em um cenário tipicamente brasileiro, o domínio da criminalidade quando há a ausência da polícia. Não menos provocador é Invisíveis, cujos personagens viveram em situações análogas à escravidão e passaram a entender o que é liberdade após terem sido resgatados. Em Sala dos Milagres o tema central é a fé para além da questão religiosa, um sentimento motivador que permeia uma história de insegurança, amor e superação.