quinta-feira, 28/março/2024
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O país que fazemos

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Leio, aqui em Portugal, que estão presos todos os governadores do Rio de Janeiro, assim como todos os presidentes da Assembléia fluminense, eleitos desde 1995. Nesses 22 anos que se passaram, a maioria do eleitorado do Rio de Janeiro optou por eles, assim como a maioria dos deputados estaduais escolhidos pelo eleitor fluminense. Vamos culpar Garotinho e Rosinha, Cabral e Picciani ou responsabilizar o eleitor? Meus amigos cariocas afirmam que o último governador do Rio bem escolhido foi Carlos Lacerda. E faz 57 anos que Lacerda foi eleito – pelo diminuto Estado da Guanabara. Desde então, lamentam meus amigos cariocas, “coitado do Rio de Janeiro”.

Ora, não é preciso demonstrar que se alguém é mal escolhido, a responsabilidade é de quem o escolheu. Se temos maus políticos, corruptos, incompetentes, mentirosos, ignorantes – a responsabilidade é dos mandantes que os fizeram seus mandatários, seus representantes. Tampouco é necessário demonstrar que os escolhidos não são diferentes dos que escolhem. Há uma certa projeção do eleitor no seu eleito. E também existe a ingenuidade e a desinformação que fazem o eleitor ser amestrado pelo candidato que mais e melhor mentir.
    
Aliás, a ignorância abundante neste país também é causa de termos tantos políticos deploráveis. Tem gente que acha que o bolsa-família vem da bondade do governante, o mesmo acontecendo com a aposentadoria. Não sabem que governos não geram riqueza. Governos arrecadam riqueza e a distribuem, na forma de serviços públicos. No Brasil a distribuição é feita a pretexto de fazer justiça social. E a maioria aplaude governo doador. Não sabe que está sendo enganada pela demagogia do espertalhão populista, que deixa de prestar os serviços públicos que deve – segurança, saúde, educação, justiça – para dar esmola com o trabalho alheio. Só quem gera riqueza é a atividade econômica das pessoas e empresas – que separam quase 40% de tudo o que produzem e ganham para pagar a governo se sustentar mordomias dos três poderes e fingir-se de caridoso.
    
Aqui em Portugal vejo claramente como a atividade econômica gera bem-estar, depois de anos da quebradeira causada pelo governo socialista, tal como aconteceu com a Grécia e acontece com a Venezuela. E os espertalhões no Brasil continuam a se aproveitar da ignorância do povo que sai despreparado da escola. São aproveitadores fisiológicos associados nessa dilapidação material e moral com fanáticos ideológicos que fizeram da política uma seita. O país está pagando por isso. É hora de examinar bem o que aconteceu com o Rio de Janeiro. Foram décadas de permissividade por parte dos cidadãos fluminenses. Ou de cumplicidade, escolhendo representantes que mereceram cadeia. Já está na hora de pensar, porque vêm aí as urnas de 2018.
 

 

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